José Pereira: Sobre escutar

O Partido Social Democrata conquistou uma vitória histórica no nosso concelho. Isso deve-se a muitos daqueles que saíram de casa para, em 12 de Outubro, eleger quem representa Pombal.

Estas são as conhecidas eleições de proximidade em que, quem vota, mais do que a um partido, está a escolher pessoas que tomarão decisões importantes durante os próximos anos. Deve, portanto, o cidadão esperar ser ouvido e atendido. Se o autarca é, efectivamente, próximo deve escutar a voz da comunidade para encontrar as melhores soluções para que cada freguesia e, consecutivamente, o concelho cresçam. Deve trabalhar localmente e, sempre que necessário, fazer-se ouvir junto do Poder Central.

O presidente de junta só existe porque existe uma comunidade. O presidente de câmara também. Devem, por isso, trabalhar em função da realidade. Escutar é, diria, o verbo mais importante. 

Se é preciso fazer mais pela Educação? É. Se é preciso fazer mais pela Saúde? É. Se é preciso fazer mais pelo Saneamento? É. Se é preciso fazer mais pela Rede Viária? É. 

Os eleitos, mais do que a um partido, representam uma população. Olhem para ela, ouçam-na e trabalhem em prol dela. Só assim Pombal poderá voar. Mais alto, não é?

Chegámos ao mês em que se celebra o feriado municipal pombalense. Há festivais de sopa, um pouco por todo o lado, e os sabores são, muitos deles, tão outonais e carregados de histórias e memórias daqueles tempos em que a sopa só saía da panela de ferro que, à lareira, estava. E haverá sabor e cheiro mais outonal do que o da castanha? Não sei, mas sei que os magustos se replicam pelo concelho fora. Sujam-se as mãos, mas multiplicam-se os convívios e celebrações. 

Somos concelho com muita vida. O nosso jornal reflecte-o bem. Há pois que mantê-la, preservá-a e apoiá-la. Pode fazê-lo o autarca. Podemos fazê-lo nós. Cada um de nós. Só assim se faz comunidade.

José Pereira, Diretor Geral